30.5.11

Game Over

Criança costuma ter a capacidade de sinceridade extrema. Se não gosta de alguém ou alguma coisa logo diz sem rodeios. Mas sinceridade extrema não é desejável, é preciso arrumar um meio termo, aprender eufemismos. O problema é quando arruma-se desculpas demais, quando joga-se demais. A vida poderia ser mais simples se, mais frequentemente, falássemos o que sentimos sem rodeios, sem medo de julgamentos. Pensa-se demais no que o outro vai pensar se falarmos x ou y. Se mostramos nossos sentimentos para quem não conhecemos bem, ficamos com receio da reação do outro. O medo da rejeição é algo que nasce lá na infância e nos acompanha o resto da vida, uns com mais, outros com menos medo. O que não podemos deixar acontecer é deixar que um medo paralise nossas ações. E se, após uma verdade, o outro se afastar? Problema dele! A vida segue em frente. O ruim é ficar perdendo preciosos minutos, meses, anos, pensando na possibilidade. Vá lá e faça logo! Fale logo! Pode ser que a reação seja melhor do que imaginamos...e por que sempre imaginamos o pior? Fale, mostre! Se a reação for boa, aproveite, se a reação for negativa, continue seu caminho e pare de pensar no assunto. Nem sempre as pessoas estão prontas no momento certo para viver  em nossa sintonia. Viva com menos culpa, seja mais sincero com você mesmo e diga para quem quer que seja o que o seu coração sente....a vida passa logo, não há tempo a perder com jogos inúteis. Simplesmente sinta e permita-se perder de vez em quando. Lide com a dor e com o amor. Ambos fazem parte da vida.
Ascensão
Depois que iniciei a minha ascensão para a infância,
Foi que vi como o adulto é sensato!
Pois como não tomar banho nu no rio entre pássaros?
Como não furar lona de circo para ver os palhaços?
Como não ascender ainda mais até a ausência da voz ?
Ausência da voz é infantia, com t, em latim.)
Lá onde a gente pode ver o próprio feto do verbo -
ainda sem movimento.
Aonde a gente pode enxergar o feto dos nomes -
ainda sem penugens.
Por que não voltar a apalpar as primeiras formas da
pedra. A escutar
Os primeiros pios dos pássaros. A ver
As primeiras coisas do amanhecer.
Como não voltar para onde a invenção está virgem?
Por que não ascender de volta para o tartamudo!

Manuel de Barros
(1916)

24.5.11

Pequenos detalhes que mudam o dia!

O mundo poderia ter mais pessoas gentis e educadas. Seria tri legal encontrar frequentemente pessoas assim pelo caminho...

23.5.11

As metáforas do Pequeno Príncipe

IX
O principezinho arrancou também, não sem um pouco de melancolia, os últimos rebentos de baobá. Ele julgava nunca mais voltar. Mas todos esses trabalhos familiares lhe pareceram, aquela manhã, extremamente doces. E, quando regou pela última vez a flor, e se dispunha a colocá-la sob a redoma, percebeu que estava com vontade de chorar.
- Adeus, disse ele à flor.
Mas a flor não respondeu.
- Adeus, repetiu ele.
A flor tossiu. Mas não era por causa do resfriado.
- Eu fui uma tola, disse por fim. Peço-te perdão. Trata de ser feliz.
A ausência de censuras o surpreendeu. Ficou parado, inteiramente sem jeito, com a redoma no ar. Não podia compreender essa calma doçura.
- É claro que eu te amo, disse-lhe a flor. Foi por minha culpa que não soubeste de nada. Isso não tem importância. Foste tão tolo quanto eu. Trata de ser feliz... Mas pode deixar em paz a redoma. Não preciso mais dela.
- Mas o vento...
- Não estou assim tão resfriada... O ar fresco da noite me fará bem. Eu sou uma flor.
- Mas os bichos...
- É preciso que eu suporte duas ou três larvas se quiser conhecer as borboletas. Dizem que são tão belas! Do contrário, quem virá visitar-me? Tu estarás longe... Quanto aos bichos grandes, não tenho medo deles. Eu tenho as minhas garras.
E ela mostrava ingenuamente seus quatro espinhos. Em seguida acrescentou:
- Não demores assim, que é exasperante. Tu decidiste partir. Vai-te embora!
Pois ela não queria que ele a visse chorar. Era uma flor muito orgulhosa...
(...)


A literatura tem dessas coisas.....deixa-nos mudos vez ou outra......

18.5.11

Fotinhas do Casamento no RS



Diversão na certa!


Amo muito essa noiva!!! hehehe

Casal, eu e  Raíssa

A viagem foi ótima, o casamento foi lindo e eu me diverti muito! O sul do país é realmente tri lindo e eu já tinha me esquecido como é bom andar de avião! Final de semana perfeito! Só poderia ter durado mais!!!

16.5.11

Sem tradução

O ato de traduzir é um dos mais difíceis em linguagem. Transpor um pensamento, um sentimento para uma outra língua é uma tarefa das mais complexas. Há palavras que não possuem tradução. Existem apenas na sua língua materna. É possível somente uma aproximação de sentidos.

Da mesma forma, quando o assunto são os sentimentos, as relações humanas, muitas vezes - se não na maioria das vezes- conseguimos apenas traduzir parte daquilo que desejamos comunicar. O outro frequentemente não nos alcança. Essa sintonia é rara. E essa sintonia depende de inúmeros fatores, dentre eles as experiências que compartilhamos,  a capacidade que temos - ou não - de enxergar as necessidades do outro, ou seja, se conseguimos ser menos egoístas e sentir o outro. A maternidade aguça isso. Quando nos tornamos mãe, nossa capacidade de enxergar o outro aumenta exponencialmente. Sentimos o que deve ser feito. Sabemos o que o outro precisa para ser feliz, para sentir-se bem, porque observamos atentamente. E ser mãe também é a arte de ser altruísta, de colocar-se não mais em primeiro plano, mas de doar-se em amor.

E cada pessoa enxerga a realidade de um jeito único, particular. Por isso mesmo, quando se trata de amor, é preciso ter sensibilidade em relação às necessidades do outro e não somente as nossas.  O que provocamos no outro é algo que não podemos medir, e quem sentiu não tem condições de traduzir. É possível ter consciência, reconhecer o que foi feito de bom. No entanto, os movimentos positivos, se demoraram muito a aparecer, podem não surtir mais efeito num coração despadaçado que se torna impassível.

12.5.11

Rumo ao Sul

Uma boa notícia! Sexta- feira embarco para o Rio Grande do Sul para o casamento de uma das minhas melhores amigas. Nossa amizade aconteceu no cursinho e sobreviveu à distância das faculdades (eu em Campinas, ela em Pelotas), aos anos, a tudo. Sempre foi amor verdadeiro. Mesmo com épocas longas sem comunicação, ela sempre esteve ao meu lado nos maus momentos, aconselhando, ouvindo...ela é médica psiquiatra - olha só que sorte a minha! - e sempre deu ótimos conselhos. Compartilhamos momentos importantes das nossas vidas, aprontamos um pouquinho por aí,  e tenho orgulho de participar de mais um momento marcante. Daqui um tempo/ ão espero embarcar novamente para conhecer a guriazinha dela...rs...A Cíntia - vamos nomear os bois - é uma amiga que espero poder conviver na velhice, lembrando as aventuras que juntas um dia realizamos. Amo muito minha amiga, sempre que nela penso meu coração fica repleto de amor, de lembranças quentinhas e aconchegantes. Será um prazer passar o final de semana com ela! Como diria a Sofia no primeiro dia de escola dela, aos 2 anos e 5 meses...."E lá vamos nós"

Errando, porém ainda Bela!


Vamos combinar que essa mulher caiu numa piscina de formol....o tempo parece não passar para ela. Ou pelo menos não deixou marcas significativas nessse belo rostinho. Pode procurar vídeos de muito tempo atrás e lá está a Paula, linda, leve e solta. Tomara que eu fiquei assim também!!! Será que o segredo é errar bastante?

10.5.11

A dor da incompreensão...

Amor
Paixão

Anos de luta vã

Tentativas desesperadas

Hiato

Amor implorado....
Raiva......................................................................................

Nada.



2.5.11

Segunda com poesia de primeira

De que são feitos os dias?
- De pequenos desejos,
vagarosas saudades,
silenciosas lembranças.

Entre mágoas sombrias,
momentâneos lampejos:
vagas felicidades,
inatuais esperanças.

De loucuras, de crimes,
de pecados, de glórias
- do medo que encadeia
todas essas mudanças.

Dentro deles vivemos,
dentro deles choramos,
em duros desenlaces
e em sinistras alianças...
Cecília Meireles

1.5.11

Sofia cresce!

Por acaso, em meio a uma brincadeira, conferindo um dente da Sofia, eis que, para minha surpresa, o dente balançou!! Sim, minha gente, Sofia está com um dente ligeiramente mole. Em um futuro próximo coloco uma fotinho da primeira janelinha!!! Ai, meu bebê!!! É um sentimento de orgulho perceber que ela está crescendo. Tão bonita. Tão inteligente. Tão mais calma.

Outra grande mudança foi a de assento no carro. Ela me disse há uns dias "mamãe, eu não quero mais sentar nessa cadeirinha. Isso é coisa de bebê e eu não sou mais um bebê!" Sexta -feira comprei o novo ASSENTO ELEVADO - coisa só para crianças maiores, lógico! Ela está se sentindo uma mocinha. Ficou super feliz! É tão legal ver a empolgação dela com coisas tão simples....

E menina que cresce é menina que aprende a se defender. Na escola, ela se desentendeu com a filha do dono da rede elétrica da cidade. Deve ser a menina mais rica da cidade e das redondezas. Tudo por causa de um colchonete que as duas disputaram. Sofia levou um arranhão na boca bem feio. Como mantenho as unhas dela cortadas - o que não acontece com a menina mais rica, vejam só! a menina saiu sem machucados. Mais importante é que a Sofia revidou. E isso me orgulha sim! Ela está se defendendo e não apanhando somente. Logicamente que não incentivo ela a socar todo mundo, o diálogo deve sempre ser a primeira opção, mas prefiro que ela bata se alguém a agredir. Desejo que ela seja bemmm diferente da criança amedrontada que eu fui. E isso ela não é mesmo.Sorte  a dela!