8.2.11

Sobre os ensinamentos dos professores


Geralmente nos lembramos dos nossos queridos professores não porque explicavam muito bem suas disciplinas, mas porque por algum motivo ou outro ele nos tocou. Ou ele era divertido, ou falava coisas que faziam todo o sentido do mundo no meu momento de vida ou mesmo nenhum sentido. O professor preferido era aquele que falava de coisas diferentes da matéria, que filosofava, era aquele que fazia sorrir. Hoje eu lembrei bastante de uma professora minha da faculdade que falava sobre os dias em que queremos "cortar os pulsos", nos sentimos os mais coitadinhos do mundo.....eu achava ela uma mulher sensacional e sempre pensava, nos meus ingênuos 20 e poucos anos, "mas a Denise se sente assim? Não é possível que alguém tão competente e incrível possa se sentir assim". Mera ilusão. Hoje, mais próxima dos 30, sei que todos nós nos sentimos assim às vezes. Por mais seguros e independentes que possamos ser. Por mais realizados profissionalmente que sejamos. E por mais que exista consciência sobre os sentimentos, sobre os caminhos que estamos tomando, tem dias que não adianta, que a síndrome de cortar os pulsos da minha querida professora se aloja na alma. E algumas coisas precisam de tempo para passar.  Como diz uma querida amiga, é preciso aceitar nossos dias ruins, nossas carências, nossa fragilidade momentânea e se permitir ficar triste. Lembro de um outro professor, de história , que sempre falava que nosssa sociedade nos cobra a felicidade, não podemos ficar tristes....(in)felizmente a tristeza faz parte do ser humano. É através da tristeza que valorizamos os momentos de felicidade, que refletimos....a tristeza pode ser inspiradora....basta saber como bem utilizá-la e lembrar que não há mal que dure para sempre...não há dias de escuridão que não se transformam em bonitos dias ensolarados.
Em Cambury - Jan 2011

3 comentários:

Eliana Rigol disse...

É isso Gi, a tristeza é só um recuo necessário, ela tem que estar lá de quando em vez, para nos ajudar a ver honestamente as nossas limitações. Outros dias de melancolia virão. Só saber embalar a tristeza que ela dorme e vai embora. Um beijo!

Elaine Andrade disse...

Adorei a síndrome de cortar os pulsos... é exatamente isso, as vezes ela ataca e pronto. E este ataque se repetirá em diversos momentos da nossa vida. Talvez por que os mesmos nos empulsione a mudar!
Beijo
Lan

Gisele Leles disse...

Bjo para as duas gurias...rs...