18.2.11

O luar de sexta à noite

Às vezes é bem difícil, mas ser honesto com os próprios sentimentos pode ser libertador. A vida passa tão depressa e só tenho uma chance para vivê-la. Não há tempo para postergar a felicidade. E o problema é quando percebemos que muitas coisas não são como gostaríamos que fosse. Aí é o momento para olharmos com sinceridade para dentro do coração e tentar enxergar o que verdadeiramente queremos. Logicamente que não podemos agir de maneira egoísta sem se importar se o que queremos pode machucar quem nos rodeia, principalmente depois que temos filhos. Mas mesmo que algumas situações limitem nossas possibilidades de escolha é possível não passar por cima de todos os sentimentos- como um trator - motivados apenas pelas escolhas mais óbvias e cômodas. Vivemos juntos, mas morremos sozinhos. Por isso mesmo não devemos responsabilizar os outros como limitadores das mudanças que desejamos - mas que na verdade não temos coragem suficiente para tomar. Não devemos deixar de ter a coragem suficiente para ser feliz. Só cabe a cada um de nós ser responsável por seu destino.  Pode ser libertador assumir nossa felicidade sem culpar ninguém por nossos fracassos pessoais. Obviamente que somos contraditórios, que nossas emoções não se mostram claras e límpidas como o belo luar dessa quente sexta- feira, mas tentar descobrir o que queremos deve ser um processo constante até o final da vida. Mudamos muito ao longo da vida - os mais sortudos. Nossos quereres também mudam. Nada mais saudável do que tentar decifrá-los.
"A dor é inevitável. O sofrimento é opcional"

2 comentários:

Alan disse...

Seu melhor texto,tenho muita admiração pela mulher que surgiu no lugar da menina que conheci.
Nunca deixe de escrever.
Alan

Eliana Rigol disse...

'Vivemos juntos, mas morremos sozinhos. Por isso mesmo não devemos responsabilizar os outros como limitadores das mudanças que desejamos.'
Que belo texto. Tocante, Gi. Queremos mais!