26.1.11

Sobre a morte de todas as coisas


"A missanga, todas a veem.
Ninguém nota o fio que, em colar vistoso,
vai compondo as missangas.
Também assim é a voz do poeta: um fio de silêncio costurando o tempo"
                                                                                                   Mia Couto

"A morte é como o umbigo: o quanto nela existe é a sua cicatriz, a lembrança de uma anterior existência”.
                                                                                                   Mia Couto


23.1.11

Dança - Uma paixão

Apresentação da minha querida professora de dança, Claudia, no jantar árabe em 2010. Foi com ela que retomei minha paixão pela dança, após 5 anos de afastamento. Foi com ela que conheci um estilo mais moderno dessa arte e me apaixonei. Também conheci novas amigas através dela, Amanda e Karen, que formaram um trio comigo e trouxeram muita luz e encantamento para minha vida. Sou grata por ter esperado o tempo certo para retornar, pois no tempo certo conheci essa moça tão querida que é minha professora. Agora que as férias da dança acabaram, penso no que aprenderemos em 2011, o quanto iremos melhorar nossa técnica, o quanto aprenderemos sobre nós mesmas através da dança. Se tem um momento da minha semana que anseio muito é pelo dia de aula com a Clau. Também adoro o espaço onde as aulas acontecem, todo o clima, as cores, o cheiro, a energia, as pessoas que lá frequentam. Desejo muita dança por toda a minha vida!!

15.1.11

Tom The Model - Portishead

How can I forget your tender smile
Moments that I have shared with you
Our hearts may break
But they're on their way
And there's nothing I can do
Ohh...
So do what you're gotta do
And don't misunderstand me
You know you don't ever have to worry 'bout me
I'd do it again
I can understand that it can't be
Guess it's hard as you were meant for me
But I can't hide my own despair
I guess I never will
Ohh...

So tired of life
No fairytale
So hold your fire
'Cause I need you
Ohh...
Just do what you're gotta do
And don't misunderstand me
You know you don't ever have to worry 'bout me
I'd do it again
Do what you're gotta do
And don't misunderstand me
You keep going over every word that we've said
But you don't have to worry
About me

14.1.11

Roads - Portishead

Ohh, can't anybody see
We've got a war to fight
Never found our way
Regardless of what they say
How can it feel, this wrong
From this moment
How can it feel, this wrong
Storm.. in the morning light
I feel
No more can I say
Frozen to myself
I got nobody on my side
And surely that ain't right
And surely that ain't right.....

Ai, que medinho!!!!!

Não tenho do que reclamar. Desde que me formei, na verdade até antes disso, muitas oportunidades  de trabalho apareceram no meu caminho. E em todas elas deu um medinho básico, aquele friozinho na barriga que dá vontade de entrar debaixo do edredon e ficar lá comendo chocolate....e não tem jeito, esse medo é assim mesmo. É normal. E só passa com o tempo, trabalhando, experimentando, errando. É normal ter insegurança com o novo, com o nunca experimentado (ou experienciado?). Passar por uma seleção de emprego me dá um friozão na barriga, mas vamos lá!! Vamos ver o que acontece!!! Mesmo sem ter certeza sobre quais oportunidades agarrar, não sou do tipo que desiste antes de tentar. Isso eu aprendi com o tempo. Aprendi desistindo antes da hora e me arrependendo depois....não dá pra desistir de nada sem antes tentar o possível. E isso vale para tudo na vida. Por isso, guando este post aparecer por aqui, estarei sentindo um belo de um friozinho na barriga...espero que venham vários pela vida!!! E no final das contas, a vida é somente uma exata incerteza....

13.1.11

A Presidenta!

Seguem alguns trechos do meu ex professor Sírio Possenti, lá da Unicamp. O texto completo está em: http://terramagazine.terra.com.br/interna/0,,OI4874411-EI8425,00-Feminino.html

Pequenos e diferentes textos sobre a questão "presidente / presidenta", especialmente alguns "raciocínios" completamente inesperados, me levam a redigir as pequenas notas que seguem, começando pelas questões mais óbvias. Algumas palavras têm formas masculinas e femininas. Outras, não. Nos casos em que existem as duas, pode-se falar de flexão. Por exemplo, menina é a forma feminina de menino.
Há certa correspondência entre as palavras e as coisas (há, no mundo, meninos e meninas etc.). Mesmo assim, é bom separar a questão da realidade da questão gramatical. É que há casos em que a correspondência no mundo com palavras masculinas e femininas não é representada na gramática. Casos como homem / mulher, boi / vaca etc. representam esse subconjunto. Isto é, as palavras femininas dessas duplas referem-se a seres femininos, mas não são flexões gramaticais das formas masculinas; são completamente diferentes delas.
Mas isso não significa que todas as palavras masculinas e femininas tenham correlatos machos e fêmeas. Essa hipótese ingênua é logo desmentida por palavras como muro, tijolo (masculinas) e porta, chave (femininas), entre milhares de outras, sem contar as abstratas, como pensamento e intuição.
(...)
Diversos raciocínios estranhos circulam na mídia. Há quem pense que, se dizemos presidenta, deveríamos flexionar segundo os mesmos critérios todas as palavras que terminam em -nte. Ou seja, deveríamos dizer também contenta, exigenta etc. Que as formas são gramaticalmente possíveis - e seriam regulares - fica provado pelo fato de que são sempre as mesmas e resultam de flexões regulares. Mas o léxico das línguas é bastante irregular: muitas formas - e flexões - possíveis nunca ocorrem. Os casos mais claros são certas derivações: por que dizemos jogo e não *jogamento nem *jogação? Por que dizemos julgamento e não *julgação? por que dizemos ameaça e não *ameaçamento ou *ameaçação? Por que dizemos filiação e não *filiamento? Em vez de esposa, poderíamos dizer marida, se as gramáticas funcionassem no vácuo. Acontece que funcionam em sociedades vivas, que interferem nelas.
(...)
Em relação ao apelo a gramáticas e dicionários, as atitudes dos "expertos" são bastante engraçadas. O comportamento típico é o seguinte: quando não gostam das formas que os dicionários e gramáticas abonam, dizem que gramáticas e dicionários não são as únicas autoridades. Mas, quando as gramáticas e dicionários concordam com seu gosto, esses documentos são santificados.
Uma variante desse comportamento foi o de Alberto Dines (Observatório da Imprensa) em relação a Sarney. Em resumo: Dilma Rousseff usou a forma presidenta em seu discurso de posse. Falando no final da cerimônia, Sarney usou várias vezes a forma presidente (Dines brincou: Sarney está na oposição pela primeira vez). Claramente, Dines não gosta de presidenta. Mas também não gosta de Sarney. Exceto quando seus gostos coincidem, é claro. Ora: é razoável considerar Sarney um político mais prejudicial do que útil. Mas ele não é melhor como escritor, nem como autoridade em relação a padrões gramaticais.
E há dois raciocínios ainda mais estranhos. Aliás, dificilmente poderiam merecer esta qualificação. O mesmo Dines, sofisticado jornalista, escreveu, com a maior cara de pau: "Agora, esquecidas as lutas das sufragistas e feministas, finalmente alcançada a igualdade dos gêneros, a presidenta da República deixa de ter um sucessor - Michel Temer jamais poderá ser designado como vice-presidenta". Como se o sucessor de um cargo designado passageiramente por uma forma feminina devesse ser também designado no feminino. Esquece o elementar: que a forma feminina corresponde, no caso, ao sexo da ocupante!
Mas houve coisa pior do que esta, se isso é possível: comentando o texto de Dines, um leitor alegou que a forma presidenta só faria sentido se fosse o feminino de presidento (pasmem!!). Ora, a tese só faria sentido se todas as masculinas que têm flexão feminina terminassem em -o. Mas existem, e estão muito firmes, palavras como ele, aquele, este, autor etc. Segundo o dito "raciocínio", as palavras femininas ela, aquela, esta e autora, para ficar nestes exemplos, só poderiam ser usadas se os masculinos correspondentes fossem elo, aquelo, esto, autoro. Que ridículo!

10.1.11

O Clone!!!!

EBA!!!! Finalmente!!!! É hoje que a Globo vai começar a reprisar a novela O CLONE. Que ninguém me ligue durante todas as tardes de janeiro....

7.1.11

Ano Novo, Visual Novo

 Após quase 5 anos de cabelo comprido, Sofia resolveu cortar o cabelo "curtinho" (como ela mesma diz). Foi tão legal ver aquele cabelão caindo no chão e aparecendo um rosto tão lindo, uma menininha tão fofa, conforme a tesoura deslizava entre as madeixas...é isso aí, minha gente, ano novo, cabelos novos....e para finalizar o dia de menininha no salão, unhas pintadas de cor de rosa choque....rs....ai que linda....eu simplesmente AMEI....






As aparências enganam e causam risos....

4.1.11

"Sou como você me vê.
Posso ser leve como uma brisa ou forte como uma ventania,
Depende de quando e como você me vê passar
."

Clarice Lispector

O correr da vida embrulha tudo.
A vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem.”

Guimarães Rosa

1.1.11

Resoluções para 2011

Em 2011 eu escolho viver mais intensamente. Viver minhas dores, minhas alegrias, meus amores, meus desejos, minhas derrotas, decepções, conquistas, angústias, meus erros crassos, aprendizagens, minhas amizades, minha dança. Eu escolho viver tudo, as lágrimas todas que porventura brotarem. Por coisa boas ou ruins. Eu escolho ser eu mesma e orgulhar-me das escolhas que fizer, dos caminhos que tomar. Escolho viver as grandes felicidades e as pequenas também, permitir-me errar, aceitar aquilo que não poderei mudar, e lutar para mudar o que posso. Não querer entender tudo o que se passa e permitir-me sentir mais intensamente. Escolho festejar mais, beber mais, dançar mais, sorrir mais, gargalhar mais. Escolho ter uma ideia fixa, mudar de ideia, aprender com cada dia, ter mais paciência. Desejo ser feliz hoje. Desejo viver cada dia, viver o presente, porque é a única coisa que temos: o hoje. Daqui a 80 anos não existiremos mais e o Universo continuará seu movimento.  Por isso não quero cogitar nenhuma outra possibilidade que não seja ser feliz.