29.7.11

Nada como saber esperar. Dar tempo ao tempo. Dar tempo para as ideias amadurecerem. Pessoas impulsivas têm muitaaaaasssss dificuldades para esperar. Sempre acho que posso estar perdendo uma oportunidade. Mas também não gosto do gosto da precipitação. Acho que sou mais é indecisa.


Não há garantias na vida. Nunca! Sei que ando a pensar. E muito. Tanto que nem consigo mais escrever por aqui......são ideias novas se delineando na caixola. São caminhos que levam para lados tão diferentes....a boa notícia é que fazia tempo que eu não sonhava tão concretamente. Fazia tempo que não pensava em mim e nos meus sonhos. Só meus.  E os desafios, os sonhos, os planos é que motivam a existência. Sem eles é melhor nem viver!

O tempo aperfeiçoa as pessoas inteligentes, acalma as dores, dá novos contornos para as situações.


O primeiro dente da Sofia está quaseeee caindo.Vimos ontem o novo já apontando, dando o ar da graça, empurrando o dente de leite para fora, num movimento  a implorar espaço para a inevitável troca. É o sinal da primeira coisa (talvez a única)  permanente nela. O dente permanente! Sinal de mudança, de crescimento, de deixar de ser bebê e mostrar os primeiros raios de uma menininha crescidinha. Ainda como um bebê nos meus braços, confesso. Na minha memória, trocar os dentes significava ser grande!

Ah! a memória! Lembro-me de um livro que se chama "Guilherme Augusto Araújo Fernandes" que fala de um menino que convivia com uns velhinhos de um asilo e descobriu que um deles não tinha mais as memórias e ele queria saber o que isso significava. Uma das coisas mais belas da vida deve ser chegar à velhice e lembrar com carinho das memórias da vida toda, por isso é tão triste perder as memórias. Pior do que morrer deve ser viver sem se lembrar de nada! Somos o que vivemos. Quando lembro do primeiro dente da Sofia, o dente de leite, lembro que sou o que sou hoje porque vivi com ela esses momentos e quando olho as fotos dela me lembro do dia, da situação, do que sentia no momento ....tão forte são as lembranças.

2 comentários:

Eliana Rigol disse...

Gi,

Se o melhor da velhice serão nossas lembranças, façamos coisas inspiradoras e interessantes agora para nos tirar o fôlego, quando recordarmos, numa cadeira de balanço que rangerá numa galáxia distante...

No viver tudo cabe, já diria Riobaldo, nosso personagem querido. Um beijão pra ti!

Gisele Leles disse...

Sim, triste não é só perder a memória, mas também é envelhecer sem ter o que lembrar, ou melhor, sem ter coisas muito boas pra lembrar.
bjosss