19.12.12

Amor Próprio

A Sofia já sabe que na escala do amor vem primeiro ela mesma, depois a mamãe, o papai, e ai vai. Acho bonitinho ela repetindo isso pra mim, convicta da hierarquia. Acredito ser importante ela crescer com essa noção de que o primeiro e mais importante amor da vida é o amor próprio. Imagino quantos problemas podem ser evitados se ela tiver essa convicção dentro dela. 

No turbilhão dos sentimentos, esquecer dessa regra pode ser muito perigoso. Não importa o quão sozinhas ou carentes as pessoas estejam, nunca se deve aceitar migalhas dos outros. As migalhas fazem com que quem deseja o amor fique a esperar o momento em que o outro estará pronto pra se doar, e o tempo passa e a única coisa que se recebe é um pouco de falsa esperança. Ora, prefiro a intensidade, ou tudo ou nada. Ou se está pronto ou não. Nunca aceite meio amor, meios sentimentos, queira viver por inteiro. E se a pessoa por quem você estiver encantada não estiver dando o devido valor a você, se dê o amor próprio.  Não se submeta, não aceite migalhas. Todo mundo merece receber e doar na mesma intensidade. A vida é muito curta para ser amado pela metade. E por mais especial e apaixonante que seja a pessoa amada, é preciso apaixonar-se todos os dias, antes de mais nada,  por si mesmo.

Um comentário:

Eliana Rigol disse...

Uau, Gi. Muitos insights!
Adorei o texto.
Um beijo
nois